terça-feira, 13 de setembro de 2016

Paris, cidade Luz (português)

Paris, Cidade Luz

Dois dias depois do meu aniversário chegamos a Paris de ônibus, porque nosso vôo foi até o aeroporto de Beauvais, cidadezinha próxima. A primeira visão que eu tive em Paris foi de um shopping, com as lojas de luxo famosas. Que vontade máxima de consumo! Eu estava com minha amiga e companheira de viagens Taynan. Fazer a primeira rota para chegar ao albergue já foi confuso, pois eram várias pessoas confusas juntas na mesma estação de metrô, Taynan também estava nervosa porque não havíamos pensado nisso antes e seria a primeira vez para eu falar francês desde muito tempo, assim como o inglês. A sorte foi que o inglês saiu fluente!  Logo na chegada deu para perceber que, mesmo tentando falar francês, os parisienses respondem em inglês. Isso quebrou aquela ideia de que os franceses não gostam de falar outras línguas, porque o fato se repetiu em restaurantes, lojas, mercado, até mesmo com as pessoas na rua. Eles são muito bem educados. Mas também, se você fala francês com um sotaque errado eles repetem te corrigindo! Haha...
No primeiro dia almoçamos em uma pizzaria onde o dono estava com uma camiseta da seleção brasileira de futebol, coincidências... Eu já comecei pagando mico, presa no banheiro, e todo o restaurante ficou sabendo, restaurante pequeno, a Taynan teve que se comunicar por mímica com o dono e traduzir pra eu conseguir destrancar a porta... muito engraçado! Saímos com muita vergonha e logo fomos à pé conhecer Paris, a começar pelos pontos turísticos mais próximos. Monumento à Bastilha, a Catedral de Notre Dame, que tem muitas lojas de lembrancinhas baratas perto, o Panteon, com os prédios ligados à justiça e a Igreja de Saint Etiène, os Jardins de Luxemburgo, lindo, e terminamos na preciosa Torre Eiffel. Ficamos exaustas, não só pelas 5h de caminhada, mas também porque estávamos há duas noites sem dormir bem, a noite do meu niver (que quase não acordei para viajar), e a noite mal dormida no aeroporto. Ao chegar ao quarto, tomei aquele banho delicioso e dormi feito uma pedra.
O resultado do primeiro dia foi super positivo, pois conhecemos alguns lugares menos visitados, conhecemos as ruas, as lojas, os cafés e as pessoas. O segundo dia seria dedicado aos museus Louvre, e D’Órsay. Mas antes, fomos ao Arco do Triunfo que abre a Champs Elisèes, avenida linda cheia das lojas mais ricas, com seguranças nas portas e seguimos para a Torre Eiffel, sim, outra vez, a vimos de vários ângulos. No caminho passamos pelo museu de arte contemporânea, por uma pista de corridas e caminhadas. O mapa para turistas era nosso melhor amigo e andar à pé é a melhor maneira de se localizar em uma cidade. Paris é uma cidade muito grande, então não é viável chegar a todos os lugares à pé, especialmente com o pouco tempo que tínhamos. O metrô de Paris é um dos melhores que vi nos 6 meses de Europa, o mais eficiente.
Depois da Torre fomos ao Louvre, ficamos 5 horas desbravando o museu. O que eu mais gostei ali foram as esculturas renascentistas e as coisas do Egito. Também tem mosaicos romanos e de culturas africanas e asiáticas, a Gioconda e os aposentos de Napoleão. O que há de pintura renascentista, não foi tão marcante para mim. Os jardins do Louvre são lindos e a roda gigante que está em frente e que vemos de vários pontos da cidade também. Passamos pelo Musée D’Órsay sem entrar infelizmente, porque é onde tem mais obras francesas, da maravilha que foi o movimento impressionista e pós-impressionista. Paris atualmente me pareceu a mais ampla em atividades culturais, teatrais, musicais, cinematográficas, muitos cartazes, lambe-lambes, outdoors.
Seguimos em direção à Ópera de Paris, teatro em que o Teatro Municipal do RJ foi inspirado e não ficamos sem entrar nas lojas de grife, pois comprei na Repetto, a moça foi simpaticíssima falando comigo, também dançava ballet, a loja ficava perto do teatro. Só nos faltou conhecer um pouco das luzes da cidade à noite.
Para mim, Paris é muito especial por sua história, pela língua tão bonita, tem sujeira, pobreza, engarrafamento, que toda cidade grande tem. Foi difícil falar francês, mas tentei, eles falam o “R” bem pronunciado e não compreendem se falamos com um sotaque diferente. Acabei aprendendo um pouco mais da língua, pois não lembrava alguns detalhes da pronúncia. Foi um grande sonho realizado estar em Paris, eu e Taynan estávamos felizes, radiantes. Pelas fotos minha mãe falava que estávamos lindas, talvez estivéssemos mesmo graças à alegria de estar ali porque nem nos arrumamos muito e estávamos exaustas.







Rosamarina Quadros
Estudante de História da Arte
13/09/2016

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