quinta-feira, 14 de março de 2019

A Dança na Pré-história


A DANÇA NA PRÉ-HISTÓRIA
                                                
     A respeito desse assunto fascinante, há poucos registros e documentações que nos permitam constatar como eram as danças na pré-história. Os estudos se baseiam principalmente nas pinturas rupestres e nos achados arqueológicos.
     Durante o fim do período Paleolítico (aprox. 12000 a 10000 a. C.), quando o homem era nômade, tudo girava em torno da caça, pesca e colheita, ou seja, o animal era fonte de quase tudo que o homem precisava. “Ele condiciona a sobrevivência do homem, fornecendo-lhe o indispensável: carne e gordura para a alimentação, peles para as vestimentas, ossos e chifres para os instrumentos”. As grutas eram locais protegidos, considerados santuários, sendo comprovado que animais eram nelas enterrados, o que leva a supor que cultuavam-se alguns animais. “Portanto não se deve excluir a priori a ideia de uma dança religiosa que nenhum documento atesta expressamente”.  O que existem são representações nas paredes das cavernas que sugerem movimentos executados por homens, como saltos e giros, bem como o uso de máscaras de animais. Devido a tudo que foi apresentado, se existiam danças, elas se referiam aos animais.
     No período Mesolítico (aprox. 10000 a 8000 a.C.) representações rupestres de grupos começaram a ser frequentes. Mantém-se o uso de máscaras de animais, inicia-se a representação de homens em roda e em posições de contorcionismo. Seria uma provável dança cósmica ou ritual e algumas danças obscenas, conforme as análises.
     Já no Neolítico (aprox. 8000 a 3000 a. C.) o homem faz agricultura e cria estabilidade em grupos maiores. A possibilidade de migração favoreceu sobreposição de práticas culturais estrangeiras às culturas nativas. Isso porque percebe-se que cada cidade que se forma tem sua identidade, seu rito e suas danças típicas. Um animal é comumente venerado como divindade protetora do local. A primeira representação de mulheres em uma dança é por volta do segundo milênio a. C. Em diversas regiões, como Egito, África do Sul e Oriente Médio, foram achadas representações de mulheres dando as mãos, em roda e até cobertas por véus, em uma provável dança cerimonial relacionada a ritos cívicos.

Figura de Gabillou – 12000 a. C.

Figura de Trois Frères – 10000 a. C.           

Roda de Addaura – 8000 a. C.

Bibliografia:
Livro: BOURCIER, Paul. História da dança no Ocidente. São Paulo: Martins Fontes, 2001.