sexta-feira, 15 de junho de 2012

Algo para se pensar 1

"Os homens perdem a saúde para juntar dinheiro, depois perdem dinheiro para recuperar a saúde. E por pensarem ansiosamente no futuro, esquecem do presente de tal forma que acabam por não viver nem o presente nem o futuro. E vivem como se nunca fossem morrer...
...e morrem como se nunca tivessem vivido"
Palavras de Dalai Lama

terça-feira, 12 de junho de 2012

Pelo Dia dos Namorados

Amar é...

Roupa Nova
 
Amar é quando não dá mais pra disfarçarTudo muda de valorTudo faz lembrar você
Amar é a lua ser a luz do seu olharLuz que debruçou em mimPrata que caiu no mar
Suspirar, sem perceberRespirar o ar que é vocêAcordar sorrindoTer o dia todo pra te ver
O amor é um furacão, surge no coraçãoSem ter licença pra entrarTempestade de desejosUm eclipse no final de um beijo
O amor é estação, é inverno, é verãoÉ como um raio de solQue aquece e tira o medoDe enfrentar os riscos, se entregar
Amar é envelhecer querendo te abraçarDedilhar num violãoA canção pra te ninar 
 
 
 
 
 
 
 
Especialmente para o meu amor. E a todos os namorados pela beleza que é AMAR!
 

Um resumo da história dos balés Românticos


Um resumo da história dos Balés Românticos
O romantismo surge no balé francês em 1832, um pouco depois que nas outras artes.[...]
O romantismo Foi anunciado por J.-J. Rousseau e triunfou com Chateaubriand no início do século XIX, na medida em que é culto do indivíduo, na medida em que o indivíduo se torna tema da arte. [...] a sensibilidade tem primazia sobre a razão; o coração e a imaginação assumem o poder, sem o controle dos sentimentos e de sua expressão.
O balé também vai se tornar a expressão de sentimentos pessoais, sob uma forma que será diferente dos gestos rigidamente codificados há um século e meio.
[...]
Os românticos também têm a sensação de uma libertação. A arte é conquistada pelos “grandes princípios” de 1789: liberdade, igualdade; cada artista tem o direito de se exprimir sem restrições.
Mas, se a revolução romântica podia gozar desses novos direitos no campo da literatura e das artes plásticas, porque estas atingiam o grande público, o mesmo não acontecia com a dança. A Ópera detinha o monopólio do balé [...]. Devia, portanto, procurar o sucesso junto ao público, sendo que este continuava a ser recrutado na classe rica, conservadora [...].
A técnica romântica: o estilo da alma
Entre 1810 e 1830 [...] pouco a pouco começava-se a buscar a expressividade, a poesia do corpo, a fluidez dos gestos, por exemplo no porte de braços (port de bras). Encontramos a exposição mais completa da técnica neste início de século nas obras de Carlo Blasis, italiano formado na escola francesa. A comparação de seu Tratado elementar teórico e prático da arte da dança,1820, do Código de Terpsícore, 1828, redigido na Inglaterra e por ele ditado , traduzido e revisado em 1830 sob o título de Manual completo de dança, 1840, permitem seguir a libertação do movimento, seu alívio, que será arrematado pela invenção do arabesque.
Uma grande novidade caracteriza a técnica romântica: o uso das pontas.
Os artigos dos críticos provam que a dançarina Geneviève Gosselin as praticava desde 1813.[...] Como Gosselin morreu prematuramente, o emprego da ponta só volta a ser mencionado por volta de 1820, em Viena, com Amelia Brugnoli, mais uma aluna de Coulon.[...]
O que é certo é que uma jovem dançarina italiana contratada pela Ópera de Paris, Marie Taglioni, fez dela a característica de um intermédio que prefigurou o balé romântico: o Ballet des nonnes, na ópera de Meyerbeer, Robert le Diable, em 1831.
O “Balé das freiras
[...] O Diretor da Ópera, Duponchel, mandou montar o cenário de um cemitério abandonado, num claustro em ruínas, um quadro já romântico. Os fantasmas das freiras, vítimas do mal do amor, saíam de seus túmulos para seduzir o herói. Marie Taglioni era sua abadessa. Os críticos da época descrevem-na dançando na ponta, mal roçando o solo, como um ser imaterial, num estilo “todo poesia e leveza, graça e suavidade”, que encantava Théophile Gautier e que produzia um “efeito milagroso”. O sentido da dança tinha mudado: a virtuosidade era substituída pela expressão, a técnica pelo estilo.
“A sílfide” ou La Silfide
Coreógrafo: Filippo Taglioni
Música: Schneitzhoeffer
Mas foi realmente A sílfide  que, a 18 de março de 1832, marcou o nascimento do balé romântico.
[...] Já temos aqui um dos temas típicos da coreografia romântica: um mortal amado por um espírito. O primeiro ato se desenvolve num contexto terrestre, o segundo no domínio irreal dos espíritos. O traje dos espíritos, uma túnica semilonga de musselina, fez com que fosse chamado o “ato branco”. [...] Gautier escreveu ”Este novo gênero trouxe um abuso de gaze branca, de tule e de tarlatana, as sombras se vaporizavam por meio de saias transparentes. O branco era quase a única cor adotada”.
Tentando exprimir o irreal, o balé romântico era feito para a leveza da bailarina. O dançarino foi relegado a um segundo plano. [...]
Mas esta opção teria uma consequência funesta: as dançarinas estrelas, reinando de forma absoluta, exigiram que os balés fossem compostos apenas para que elas pudessem mostrar suas qualidades. Pouco importava que as variações que impunham destruíssem a organização da obra, obliterassem seu sentido, pouco lhes importava que a ação fosse poética ou estúpida; para elas o balé era feito para a estrela e não o contrário. Esta foi uma das razões que provocaram a rápida degeneração do balé romântico; também foi uma das desvantagens que sofreu seu herdeiro, o balé acadêmico.
Giselle
Música: Adolphe Adam com uma valsa de Burgmuller
Coreógrafos: Jean Coralli e Jules Perrot.
[...] Foi preciso aguardar o ano de 1841 para que um poeta, Theóphile Gautier [...] escrevesse para a bailarina que amava, Carlotta Grisi, a obra-prima do balé romântico, Giselle.
[...]
Giselle saiu do repertório da Ópera em 1868; o balé só foi remontado em 1924, a partir da versão russa. [...] A partir da versão de Titus, modificada por Fanny Elsser, Marius Petipa montou três reprises, uma diferente da outra, em 1884, 1887 e 1899. É mais ou menos neste estado que Giselle é apresentada hoje em dia pela Ópera de Paris. [...]
Se acrescentarmos que Petipa reescreveu-a em seu próprio estilo, podemos perceber que a Giselle de hoje é bem diferente da original, e que seu estilo é mais acadêmico do que romântico.
[...]
O sucesso do balé foi tão grande que Giselle se tornou um apelo publicitário: uma modista parisiense lançou uma flor artificial batizada com seu nome. [...]

Bibliografia:
Livro: BOURCIER, Paul. História da dança no Ocidente. São Paulo: Martins Fontes, 2001.