A DANÇA NA PRÉ-HISTÓRIA
A respeito desse assunto fascinante, há
poucos registros e documentações que nos permitam constatar como eram as danças
na pré-história. Os estudos se baseiam principalmente nas pinturas rupestres
e nos achados arqueológicos.
Durante o fim do período Paleolítico (aprox. 12000 a 10000 a. C.), quando o homem
era nômade, tudo girava em torno da caça, pesca
e colheita, ou seja, o animal era fonte de quase tudo
que o homem precisava. “Ele condiciona a sobrevivência do homem, fornecendo-lhe
o indispensável: carne e gordura para a alimentação, peles para as vestimentas,
ossos e chifres para os instrumentos”. As grutas eram locais protegidos,
considerados santuários, sendo comprovado que animais eram nelas enterrados, o
que leva a supor que cultuavam-se alguns animais. “Portanto não se deve excluir
a priori a ideia de uma dança religiosa que nenhum documento atesta
expressamente”. O que existem são
representações nas paredes das cavernas que sugerem movimentos executados
por homens, como saltos e giros, bem como o uso de máscaras de
animais. Devido a tudo que foi apresentado, se existiam danças, elas
se referiam aos animais.
No período Mesolítico
(aprox. 10000 a 8000 a.C.) representações rupestres de grupos
começaram a ser frequentes. Mantém-se o uso de máscaras de animais, inicia-se a
representação de homens em roda e em posições de contorcionismo. Seria uma provável dança cósmica ou ritual e algumas danças obscenas, conforme
as análises.
Já no Neolítico (aprox. 8000
a 3000 a. C.) o homem faz agricultura e cria estabilidade em grupos maiores. A
possibilidade de migração favoreceu sobreposição de práticas culturais
estrangeiras às culturas nativas. Isso porque percebe-se que cada cidade que se forma tem sua identidade, seu rito e
suas danças típicas. Um animal é comumente venerado como divindade protetora do
local. A primeira representação de mulheres em uma dança é
por volta do segundo milênio a. C. Em diversas regiões, como Egito, África do
Sul e Oriente Médio, foram achadas representações de mulheres dando as mãos, em
roda e até cobertas por véus, em uma provável dança cerimonial
relacionada a ritos cívicos.
Figura
de Gabillou – 12000 a. C.
Figura
de Trois Frères – 10000 a. C.
Roda de Addaura –
8000 a. C.
Bibliografia:
Livro:
BOURCIER, Paul. História da dança no Ocidente. São Paulo: Martins Fontes, 2001.